PPGENT amplia o alcance a pesquisadores de todo o Brasil e exterior
Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação
Em atividade desde 2014, o Programa de Pós-graduação em Educação e Novas Tecnologias (PPGENT) da Uninter, já formou 274 acadêmicos, sendo 252 mestres e 22 doutores. Desde 2020, com a adoção do modelo híbrido, com aulas remotas síncronas, cresceu o número de pesquisadores que reside fora de Curitiba (PR) e região. Em 2021, 57% dos estudantes eram da capital paranaense ou municípios metropolitanos, índice reduzido para 47% três anos depois. Assim, o o à pós-graduação é ampliado para as diversas regiões do Brasil.
“O perfil do corpo discente tem proporcionado discussões muito ricas nas aulas do PPGENT, a partir das diferentes visões e vivências nas quais as problemáticas abordadas no programa assumem nas variadas regiões do país. Isso demonstra um papel central na democratização do conhecimento a todas as regiões, proporcionada no âmbito da modalidade híbrida”, declara o coordenador do PPGENT, Luciano Frontino de Medeiros.
Entre 2021 e 2024, dos 109 artigos publicados por integrantes do PPGENT em periódicos com a então classificação da Qualis igual ou superior a B, 27 contam com a coautoria de dois ou mais professores do programa. A porcentagem de professores pesquisadores que publicaram em periódicos A1 é de 60%, no entanto, se levar em consideração apenas os docentes que estão há mais de três anos no programa, esse número sobe para 85,7%.
Os dados compõe o relatório da Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que é parte do processo de permanência e segue quesitos básicos estabelecidos no Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES). Os resultados fundamentam a deliberação do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) sobre quais cursos obterão a renovação de reconhecimento para a continuidade de funcionamento no período subsequente.
A capilarização do programa em nível nacional registra, além de estudantes do Paraná, também de Santa Catarina, Espírito Santo, Rondônia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Alagoas, Maranhão, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Amazonas e Bahia.
Além do coordenador Luciano, o corpo docente do PPGENT é composto pelos professores Alceli Ribeiro Alves, André Luiz Moscaleski Cavazzani, Daniel Guimarães Tedesco, Desiré Luciane Dominschek Lima, Gláucia da Silva Brito, Jeferson Ferro, Joana Paulin Romanowski, Luis Fernando Lopes e Rodrigo Otávio dos Santos. Todos pesquisadores com sólida trajetória acadêmica e atuação destacada nas áreas da Educação, Tecnologias Digitais, Formação de Professores e Políticas Educacionais.
A atuação docente reflete não apenas nas aulas e orientações, mas também na expressiva produção científica, nas parcerias institucionais e nos projetos de pesquisa, extensão e internacionalização que o programa desenvolve. A equipe estabelece ainda convênios e parcerias com redes de pesquisa nacionais e internacionais na produção de investigações, dossiês, livros e eventos.
Acolhimento de pesquisadores estrangeiros
No âmbito da internacionalização, o programa começa a dar os mais longos. Até então, mestrandos e doutorandos já tinham a possibilidade de ir para a Europa e outros países da América Latina, inclusive com bolsa de estudos da CAPES, para o formato “sanduíche”. Nesse caso, os estudantes fazem um intercâmbio para realizar parte da formação na instituição de origem e a outra parte em instituição estrangeira.
A partir da portaria nº 84, de 19 de março de 2024, o Programa Move La America da CAPES oportunizou bolsas individuais para estrangeiros da América Latina e do Caribe no Brasil. Com o objetivo de “complementar os esforços de internacionalização das instituições de ensino superior”, a iniciativa permite o “fortalecimento dos programas de pós-graduação e criação de um ambiente institucional internacional”, informa o portal.
Por meio do edital 07/2024, o PPGENT foi contemplado para o acolhimento de dois estudantes estrangeiros, um do mestrado e um do doutorado, que chegaram ao país em março de 2025 e realizam os estudos por um período previsto de três meses. De acordo com Luciano, a CAPES quer que os programas incentivem cada vez mais essa articulação da pesquisa que acontece no Brasil com o exterior.
Para o coordenador do PPGENT, essa oportunidade coloca o programa em uma “situação privilegiada”, que caminha na mesma direção do que a Uninter já tem feito na graduação e especialização, com a expansão de polos no exterior. Por isso, agora o corpo docente do programa de pós-graduação também se preocupa em avançar nessas articulações.
“Os estudantes vão estar em um outro ambiente, em uma outra cultura, vendo como os determinados aspectos que são relacionados a sua pesquisa acontecem nesse outro país, em termos culturais, educacionais, sobre vários aspectos e que pode ajudar depois na redação do documento, seja dissertação ou tese”, salienta.
Divulgação científica e formação continuada de professores
No 30º Congresso Internacional Abed de Educação a Distância (CIAED), o corpo docente e discente do programa teve uma ampla participação na apresentação de trabalhos, pôsteres e mesas-redondas. “A educação a distância é tecnologia e, como estamos ligados a essa questão de formação de professores e novas tecnologias, nada mais apropriado que estarmos participando também de um evento como esse”, garante o coordenador Luciano.
Para além da divulgação de trabalhos de estudantes, o evento foi uma oportunidade de verificar as produções desenvolvidas por pesquisadores egressos que já aram pelo programa e dão continuidade aos conhecimentos adquiridos de forma relevante.
O docente cita ainda a importante articulação com outros profissionais da área, que amplia contatos para promoção de palestras e escrita de produções acadêmicas em conjunto, como já têm algumas encaminhadas. “O papel de um congresso na área da academia pode proporcionar essas conversas em um nível acadêmico para poder melhorar cada vez mais esse âmbito da pesquisa”, acrescenta Luciano.
Um dos projetos que o PPGENT realiza, inclusive, vai ao encontro da ampliação dadivulgação da ciência e a continuidade da formação de professores da rede pública de ensino de Curitiba. Com a recente troca da gestão da prefeitura municipal, a instituição refez acordos de cooperação e as primeiras oficinas já aconteceram no dia 9 de maio de 2025, sob comando do professor Daniel Guimarães Tedesco.
Entre os vários projetos que compõem essa característica do trabalho de formação e capacitação de professores, está o de Astronomia, viabilizado pela Fundação Wilson Picler. Assim como o de Robótica, realizado com professores e estudantes do ensino fundamental. No entanto, o coordenador revela que a equipe visa retomar algumas outras oficinas que já aconteceram em anos anteriores e devem ocorrer ao longo de 2025.
Autor: Nayara Rosolen - Analista de ComunicaçãoEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Natália Jucoski e Nayara Rosolen