EaD pode ser a solução para o déficit de engenheiros no Brasil

A Engenharia, que já chegou a figurar entre os cursos mais disputados nos vestibulares do país, não está mais na moda. Nos últimos 10 anos, o número de estudantes de engenharia no país caiu 23%, segundo dados do Censo da Educação Superior do MEC. Essa redução levou o país a ter hoje um déficit de 75 mil engenheiros, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o que pode impactar diretamente setores estratégicos para o desenvolvimento nacional como infraestrutura, tecnologia e energia.

Apesar dos dados alarmantes, a solução para o déficit das engenharias pode estar mais perto do que se imagina, dentro da própria casa dos estudantes. A modalidade EaD democratiza o ensino na área, porque tem custos menores e não exige deslocamento diário até a universidade, sendo mais ível para alunos que moram em cidades do interior, por exemplo.

Atualmente, a Uninter conta com 30 mil alunos em cursos de engenharia, espalhados por todo o Brasil e polos no exterior. Levantamento feito pelo centro universitário mostra que 90% do mercado das engenharias no Brasil é composto por pessoas acima dos 30 anos. O número de alunos matriculados nos cursos de Engenharia da Uninter tem crescido a uma taxa de 10% ao ano, de acordo com o coordenador de curso da Escola Politécnica da Uninter, Luis Gonzaga.

Novas engenharias

Pelo menos duas especialidades da engenharia têm mostrado um mercado de trabalho aquecido e despertado o interesse dos mais jovens: Engenharia de Software e Ciências de Dados. Ambas estão diretamente relacionadas com a evolução da tecnologia e a globalização dos dados e podem reverter a curva do curso, tornando-o atrativo novamente. A Uninter oferece esses dois cursos, além das outras modalidades de engenharias, como a elétrica, de produção, ambiental, mecânica, entre outros.

Para Luis Gonzaga, as áreas de Engenharia de Software e Ciências de Dados são convergentes porque unem o conteúdo tradicional do curso com o que há de mais inovador em dados: “São duas especialidades que se integram porque colocam a tecnologia da informação em contato com áreas que a engenharia faz por excelência como planejamento, projetos e de inovação”, ressalta o coordenador. Segundo ele, essas especialidades têm hoje uma grande demanda e têm uma aplicação em praticamente todas as áreas de conhecimento humano, todas as áreas de atividade, ou seja, todos os negócios.

Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), as instituições devem atrair os jovens para o setor, por meio de uma abordagem integrada entre governo, instituições de ensino e empresas. A ampliação de programas de bolsas de estudo, financiamento estudantil e incentivos fiscais para empresas que investem em programas de estágio são algumas das medidas propostas que também podem interessar os estudantes na hora de escolher a profissão.

Outro desafio para este mercado de trabalho das engenharias é a inclusão de mulheres, que representam apenas 20% dos estudantes e profissionais da engenharia, segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Neste aspecto, a Uninter conta com a participação de mulheres como coordenadoras nos cursos dessas áreas, além de incentivar trabalhos de pesquisa e divulgação das atividades que as mulheres realizam nesses setores, como forma de incentivar o ingresso de novas alunas nos cursos.

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