Impulso da física na luta contra o câncer

Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - assistente de comunicação acadêmica

O ano era 2020, a pandemia da COVID-19 assolava o mundo, que lutava contra um inimigo invisível. A esperança parecia distante, sem a possibilidade de uma vacina. Mas, para Ednora de Fátima Matozo, aquele momento de caos trouxe a possibilidade da realização de um velho sonho adormecido.

Determinada a reescrever sua história, ela decidiu dar um novo rumo à vida, matriculando-se no curso de Bacharelado em Física EAD da Uninter. No entanto, ao embarcar na jornada do seu sonho, ela também enfrentaria o maior desafio de sua vida.

Com apenas quatro meses de estudo, Ednora viu tudo mudar do dia para a noite quando foi surpreendida com um diagnóstico de câncer de mama.

 Hoje, no Brasil, o câncer de mama não é uma doença incomum.  De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o tipo mais incidente em mulheres de todas as regiões brasileiras, com taxas mais altas no Sul e Sudeste. A estimativa é que em 2025 surjam novos casos, cerca de 41,89 por 100.000 mulheres.

O tratamento do câncer de mama costuma ser muito delicado, por causar efeitos colaterais e impactar diretamente a saúde física e mental da paciente. Mas com o diagnóstico precoce e qualidade do tratamento, é possível vencer a doença.

E Ednora foi em busca da cura. Quando o medo e o cansaço tentavam sufocar seus planos, ela resistia.  Como um elétron que recebe energia e salta para um nível mais alto, acabou encontrando na Física a força necessária para continuar lutando.

Formada inicialmente em Direito pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), a advogada enfrentou o câncer debruçando-se sob os estudos, o que não foi uma tarefa fácil. Empenhada e disposta a enfrentar seus desafios, o curso de Física  ou a ser um norte, um propósito ao qual Ednora se agarraria com força.

Ela recorda que mesmo em meio a quimioterapias, radioterapias e cirurgia, nos momentos mais difíceis, tudo que aprendia nas aulas se tornava um impulso. Lembrando que, com determinação, sempre haverá um caminho possível dentro das leis que regem o universo.

Com a flexibilidade do ensino a distância, Ednora retornava às aulas sempre que se sentia capaz. Quando a força se reestabelecia, aproveitava para ler os conteúdos das aulas e revisar o que tinha aprendido. Mesmo nos dias em que o corpo não atendia suas vontades, continuava insistindo e sonhando com a tão esperada formação.

“O tratamento de câncer não é fácil. Mas o fato de estar matriculada, de estar estudando, me manteve motivada. Nas quimioterapias eu só pensava em superar aquela fase, sabe? E ter condições de estudar o próximo conteúdo do curso”, recorda.

Um ano e meio se ou, e Ednora entrou em remissão do câncer. Com força renovada, decidiu que iria até o fim para concluir sua formação. E apesar das dificuldades que encontrou na reta final do curso, conseguiu superar cada obstáculo, sustentada pelo apoio de seus professores e pela inspiração que encontrava nas aulas de laboratório e nas reuniões do Centro Universitário.

Hoje, com o curso concluído, e olhando para trás, a egressa se sente grata pela Uninter , pela educação à distância, e por todos que a apoiaram durante sua fase de luta.

“A Uninter e a EAD fizeram a diferença na minha vida. Sem essa flexibilidade, e no contexto que eu estava vivendo, não seria possível realizar este sonho”, ressalta.

Ednora reitera que a grande responsável pela sua recuperação foi a motivação, pois segundo o que os médicos lhe orientaram, estar em atividade contribuiu muito para o fortalecimento do seu emocional, o que fez toda diferença durante o enfrentamento do câncer.

Agora, mais forte do que nunca e determinada a desbravar os mistérios do universo na carreira académica em física quântica, Ednorá é a prova de que a força de vontade, tal como uma partícula em movimento, transforma os obstáculos em impulso para seguir em frente.

O câncer de mama não possui uma causa específica, sendo diversos fatores responsáveis pelo risco de desenvolvimento da doença, como: a idade, fatores endócrinos, comportamentais, ambientais e genéticos.

O sintoma inicial da doença se dá pelo aparecimento de nódulos indolores na mama que podem ser duros, macios, irregulares ou mais arredondados. Para esse diagnóstico prévio de que algo não vai bem, o autoexame é essencial. É de suma importância que a mulher crie o hábito de tocar as mamas sempre que possível, verificando se há alterações. Mas apesar do autoexame ser essencial, o principal exame diagnóstico capaz de detectar o câncer em estágio inicial é a mamografia. E, quando diagnosticado nesse estágio, o câncer de mama possui 95% de chances de cura.

 

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Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - assistente de comunicação acadêmica
Edição: Larissa Drabeski


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