Polo Ponta Grossa participa de evento contra a discriminação racial

Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo

O polo de apoio presencial (PAP) da Uninter em Ponta Grossa (PR), participou da organização e realização de um evento voltado ao Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial, um marco lembrado todos os anos no dia 21 de março. A ação contou com a presença de discentes do curso de Serviço Social, que, além de prestigiarem as atividades, reforçaram seu compromisso com a luta antirracista, pauta essencial para a formação acadêmica e para o desenvolvimento da cidadania. 

A participação do polo na organização do evento foi viabilizada a partir da articulação pessoal do supervisor acadêmico, Tiago Marques do Carmo. Com forte envolvimento, o curso de Serviço Social contribuiu para a programação e reafirmou a importância do debate racial como parte da formação crítica e ética dos futuros assistentes sociais. 

No decorrer do evento, experiências pessoais dos palestrantes foram debatidas, além de análises de diversas expressões do racismo, sobretudo o religioso. A discriminação contra religiões de matrizes africanas é uma temática presente no cotidiano do profissional de assistência social que atua diretamente na defesa dos direitos humanos.  

Destaca-se o momento de uma denúncia de racismo religioso, feito por uma cidadã presente no evento. Servindo como comprovação prática que a intolerância ainda existe de forma grave e violenta aos direitos humanos fundamentais. O público presente ainda relembrou o que diz a Constituição Federal de 1988, que garante a inviolabilidade do direito a consciência e crença religiosa, independente qual seja. 

O caráter crítico do curso de Serviço Social foi reforçado pela participação ativa dos estudantes do bacharelado no evento. O que garantiu uma análise aprofundada das desigualdades sociais e do racismo, como comentou o orientador Tiago. “O profissional de Serviço Social estará enfrentando as múltiplas expressões da questão social, nos diferentes espaços sócio-ocupacionais, necessitando ter compreensão clara que o racismo é algo que necessita ser amplamente dialogado nas diferentes esferas societárias.” 

A ocasião também proporcionou uma articulação direta com movimentos sociais da cidade e região, organizações da sociedade civil (OSCs), instituições de ensino pública e privada, delegacias e lideranças religiosas. O evento mostrou o potencial da discussão e o quão abrangente e importante se demonstra no dia a dia.  

“É extremamente necessário que a instituição realize parcerias com as organizações da sociedade civil, despertando o olhar crítico dos alunos para novas realidades ou aquelas que estão próximas, porém, muitas vezes se encontram mascaradas”, declarou Tiago. “O profissional a ser formado será responsável pela transformação social nos espaços em que atua, por isso não poderá permanecer isolado dos fenômenos sociais que vivemos cotidianamente.” 

Ainda segundo Tiago, o polo sempre está em busca desse diálogo com a comunidade local, promovendo eventos e projetos sociais voltados à educação antirracista e à eliminação de todas as formas de discriminação. 

“No momento em que realizamos ações de enfrentamento às posturas racistas que, infelizmente, estão enraizadas no conservadorismo societário, enfatizamos a necessidade de repensar um novo modelo de sociedade. O exercício da cidadania está atrelado à percepção do nosso próximo, enquanto cidadão de direitos igualitários, sem negar a dívida histórica que a sociedade brasileira deve aos povos negros, que foram escravizados por anos pelas classes dominantes”, conclui. 

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Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Revisão Textual: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação
Créditos do Fotógrafo: Divulgação


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